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Que bom ter a oportunidade de falar da Gerry.
Para os que não a conhecem, ela foi e é absolutamente pioneira na área do trabalho corporal.
Sua história revela uma mulher lutadora, brilhante e inovadora nas soluções para os problemas que enfrentou.
A procura por caminhos menos fatídicos e dolorosos a fez construir as bases do seu brilhante trabalho : CORPO ANÁLISE.
Ela levou muitas pessoas a descobrirem o contato consigo mesmas.
Eu, que até então tinha uma relação de esforço máximo e dor com meu corpo, me deparei extasiada com o prazer de sentí-lo, não mais pelo desconforto dos exercícios extenuantes.
Me lembro com muita clareza do momento em que senti pela primeira vez o meu trapézio ( músculo superior que liga o ombro, coluna cervical - pescoço e a coluna torácica - dorso) não pela tensão mas pelo seu relaxamento.
Fiquei atônita, fui pega inteiramente de surpresa, e, meio desconcertada, saí meio estranha da aula.
Cheguei em casa e chorei muito, um choro de emoção, por perceber o quanto podemos nos machucar sem saber. Também porque, como descobriria depois, compreendi o significado da consciência corporal. Como um exercício poderia produzir tantos efeitos?
Nesse instante percebi que a direção a ser seguida tinha que ser outra, não poderia mais infligir isso a mim nem aos outros. (Na época era professora de Educação Física, dava aulas em academia de ginástica localizada e musculação e treinava canoagem; na verdade eu "malhava muuuuitooo".)
Isso foi em 1990, e, sem dúvida, foi o marco da mudança, do meu modo de ver e sentir o mundo.
Isso que me fez decidir fazer a Fisioterapia como formação, já sabendo como iria atuar.
Com certeza seria levando em conta o corpo em sua totalidade. Não poderia mais aceitar o pensamento fragmentado, encarando o corpo como um monte de estruturas isoladas.
Os exercícios seriam mais inteligentes, as observações e abordagens, mais sutis.
Assim a Gerry influenciou de forma decisiva o trabalho que desenvolvo hoje, ela abriu as portas para esse novo horizonte.
Suas sessões nos levavam a viagens inimagináveis, a descobertas fantásticas, e o melhor, não para fora, mas para dentro de nós mesmos! Que jornada! Saudades do Cosme Velho...
As pessoas que já se trabalham dessa forma sabem do que falo.
Ah... e tem mais! O contato íntimo e verdadeiro com nosso corpo beneficia - e muito - a nossa mente.
Ao termos nossa respiração liberada, nossas tensões aliviadas, nossos pés realmente presentes no chão e nossas pernas firmemente nos sutentando, somos mais capazes e fortes para a vida, podemos perceber o quão prazerosa ela pode ser.
Estar bem e vivenciar o potencial energético do nosso ser é para lá de impactante.
Gerry Maretzki e Patricia Mentges |
Sua dedicação e seu exemplo são de
contribuição fundamental para nós. Que bom tê-la conhecido!
Não posso esquecer também de mencionar a Bia Coelho, que reencontrei ontem, afinal foi ela que me levou a experimentar o trabalho da Gerry. Na época faziamos juntas o curso de formação em Shiatsu. Valeu Bia, sou imensamente grata a você.
Vocês não acham que se a pessoas estivessem bem consigo mesmas, o mundo estaria melhor?
Parabéns a Gerry!!!!!!!!
"As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, a grandeza das ondas do mar, o imenso curso dos rios, a vastidão do oceano, o movimento circular das estrelas; e passam por elas próprias sem se admirarem".
Santo Agostinho
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