terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reeducação Postural, o melhor remédio para incontinência - comprovação científica


Essa pesquisa demonstra que a melhora da postura influi decisivamente na melhora da incontinência urinária de esforço, o que reforça a idéia que sempre tive do envolvimento da postura em todos os sistemas do nosso corpo, não apenas no músculo-esquelético.

Ou seja, a postura é fundamental na fisioterapia.

O que quer dizer que é muito mais eficaz se tratar algum distúrbio levando-se em conta a globalidade - integralidade - do que apenas o local da lesão.
A interconexão de todas as estruturas do corpo via fascia pode ser vista no post Trilhos Anatômicos - Primeiras evidências em dissecção.
Esse estudo foi desenvolvido por Celina Fozzati e colegas, no setor de Urologia Feminina, do Departamento de Urologia da UNICAMP, para avaliar o impacto da re-educação postural sobre a incontinência urinária de esforço e compará-la ao treinamento muscular do assoalho pélvico - técnica de fisioterapia - envolvendo 52 mulheres.
Seus resultados serão publicados no European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology.
Que beleza!

As 52 mulheres diagnosticadas com incontinência urinária de esforço foram divididas em dois grupos. O primeiro denominado G1 foi submetido a sessões semanais de re-educação postural e o segundo, G2,  realizou treinamento muscular do assoalho pélvico quatro vezes por semana, ambos fizeram as atividades por três meses.
As mulheres foram avaliadas através do King´s Health Questionnaire e de avaliação funcional do assoalho pélvico antes do tratamento, depois e seis meses após a terapia.
Além disso foram avaliadas informações obtidas a partir de um diário miccional (quantas vezes urinou) de três dias, incluindo o uso de absorventes diários. 
Segundo os autores:
  • “o número de episódios de perda diminuiu significativamente em ambos os grupos no final do tratamento e após seis meses de seguimento, com um decréscimo significativamente maior no G1”;
  • O uso diário de absorvente também diminui em ambos os grupos;
  • “No final do tratamento, 72% dos pacientes no G1 e 41% das pacientes do G2 não precisavam de absorventes e em seis meses de seguimento, 84% e 50%, respectivamente."

A pesquisa demonstrou que a re-educação postural pode representar um método alternativo para tratar incontinência urinária em mulheres, e que os resultados devem ser duradouros.

Parabéns para a equipe que eleva assim a fisioterapia a um nível ótimo!



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