quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Abaixo os abdominais ou quando o menos é mais

Abdominais, aonde o menos é mais!

No meu passado de desportista adorava fazer mil abdominais por dia.
O que me faz ter certeza de que isso não é fruto de  imaginação são as provas vivas, ou seja, as lesóes decorrentes.

Hoje depois de muita pesquisa e estudo chegou-se a conclusão de que os exercícios abdominais clássicos são danosos à saúde.

Já repararam que os exercícios para braços e pernas apresentam uma determinada série de repetições e que os abdominais apresentam séries intermináveis?
Não parece estranho que seja tão diferente o número de séries entre eles?  Parace lógico?
Já se provou que o reto do adbomen alvo constante desses exercícios - como o clássico de flexão de tronco - fadiga por volta de 40 repetições. Esse estudo demonstrou que vários indivíduos - monitorados por eletrodos -  mesmo treinados, ao chegarem a essa marca apresentaram fadiga nos seus retos abdominais, e que, ao continuar com o exercício outros músculos localizados no tronco ou pescoço os substituíam.

Você está entre as centenas de pessoas que param os exercícios de abdominal não porque cansaram, mas por sentirem dor nas costas ou no pescoço? Pois é! Se sentiu dor nas costas é porque alguma coisa não está certa, concorda?

Sabem do que eu poderia estar falando?

Vamos pensar em algum músculo com características muito especiais e importância fundamental na biomecânica de lombar e pelve, que poderia estar causando esse desconforto.
Refiro-me a um músculo flexor de quadril que nunca é mencionado antes de realizarmos exercícios, mas que provoca um grande estrago; trata-se do psoas.
Então, ao executarmos muitas repetições, com certeza mais de 40, fazemos com que o músculo psoas trabalhe no lugar do reto abdominal.
Na verdade estamos "cutucando a onça com vara curta";  lembram do que já falei em posts anteriores - os que não leram, recomendo -  sobre o psoas e suas implicações?
Além disso ao encurtarmos o reto abdominal adquirimos uma postura curvada que irá prejudicar e muito a coluna lombar.(retificando a lordose fisiológica)

E mais, após várias flexões e extensões, sua coluna se desgasta. Sabe como quando queremos destruir um cartão de crédito, dobrando e desbobrando-o repetidamente?. Essa comparação é feita por Stuart MacGill biomecânico e pesquisador canadense.

Hoje já se nota que alguns profissionais estão conscientes disso, mas em número ainda pequeno.
É muito importante que essa ideia seja difundida em nome da saúde.

Daí surgiram os primeiros conceitos de Core Training, uma forma mais eficaz de se treinar a área dos abdominais, lombar, pelve e quadril para proteger todo o corpo.

No livro "ABDOMINAUX: arrêtez le massacre!" ABDOMINAIS: abaixo o massacre! sua autora Dra Bernadette Gasquet, nos alerta sobre o perigo de fazer abdominais de forma incorreta. Afirma que "o recrutamento do músculo reto abdominal é nefasto para as costas, acelera a descida dos orgãos pélvicos e pode incluir uma incontinência. Além do mais ele não é capaz de deixar o ventre plano..."

Se voce for fazer abdominais certifique-se antes se consegue realmente contrair o transverso do abdomen. Ele tem que estar ativado para obtermos os resultados desejados.

Aí sim você estará fazendo bem a sua saúde.

Bons exercícios para você!

2 comentários:

Silvia Gomes disse...

Oi Patricia, você já conhece o novo livro da Blandine: Abdominales sin Riesgo? É excelente , eu recomendo, beijo, Silvia.

Patricia Italo Mentges Instituto de Escoliose disse...

Oi Silvia, ainda não.
Conheço os de Anatomia e o que aborda a pelve. Esse ainda não. Em se tratando da Blandine e com recomendação sua... É certo, vou ler!
Super obrigada, beijo.