Por maior que seja a variedade de informações que introduzimos em nossa experiência, inclusive viajando a muitos lugares diferentes, seguiremos vendo tudo com os mesmos olhos. É nosso jeito de pensar e sentir que colore nossa percepção do mundo. Se tentássemos mudar o mundo para adaptá-lo a nossas expectativas e preferências, estaríamos destinados a fracassar.
Quando chove não podemos fazer com que brilhe o sol apenas por desejá-lo, mas podemos trabalhar aquela parte de nós mesmos que se sente incomodada com a chuva. Isso não quer dizer que necessitamos de uma nova personalidade; já temos uma. O que necessitamos é de um espelho que nos mostre com precisão quem somos e que parte de nós melhoraria se a trabalhássemos.
Talvez tenhamos reunido uma coleção de máscaras , uma diferente para cada situação, porém nunca examinamos realmente nosso rosto porque de certa forma estamos perto demais para vê-lo com clareza. O que costumamos fazer é olhá-lo demais e quando vemos um rosto bonito esperamos que essa seja também nossa aparência.
Às vezes porém a máscara escorrega ou esquecemos de colocá-la, então vislumbramos nossa verdadeira personalidade. Em geral é tão doloroso que não podemos suportá-lo e temos que cobrí-lo novamente com a máxima rapidez. Estamos tão acostumados a tentar mudar as coisas que nem sequer podemos nos aceitar tal como somos.
Ninguém pode dominar inteiramente o mundo exterior, mas podemos vencer a ira, o orgulho, o desejo, o ódio e os ciúmes que existem dentro de nós e o que nos faz entrar em sintonia com eles. Ao chegar a esse ponto cessará toda sensação de conflito com as situações externas.
Todas as coisas e todas as pessoas serão úteis para nós e nós a elas.
(texto Budista)
2 comentários:
Ah, Patricia!Como sempre aquecendo os corações e estimulando as nossas mentes com textos magníficos.Tenha um bom dia!!!!
Que bom querida! Fico muito feliz por voce ter gostado. Esse texto é inspirador não é?
Tudo bom!
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