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Era uma vez... durante a Segunda Guerra Mundial, os estatísticos da equipe de Abraham Wald analisavam todos os aviões que voltavam das batalhas com um objetivo: identificar onde a estrutura dos aviões deveria ser reforçada da maneira mais eficiente: não muito a ponto de deixar o avião muito pesado, difícil de manobrar e consumindo mais combustível, e nem tão pouco a ponto de deixá-lo vulnerável.
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A distribuição das perfurações não era uniforme: as marcas em vermelho da figura representam as áreas atingidas mais frequentemente. Com base nestes dados, onde eles deviam reforçar?
Uma resposta automática, sem pensar muito seria "onde recebe mais tiros."
Até faz sentido: se estão atirando nas asas, é melhor blindá-las.
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🎯Você sabe quais foram as recomendações de Abraham Wald?
🎯1) Não reforçar as áreas mais atingidas!
🎯2) Blindar as áreas sem marca nenhuma, como os motores, por exemplo!
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🎯Os aviões que receberam mais tiros nas áreas destacadas foram capazes de voltar. Mas os que foram atingidos nas áreas sem marcas sequer voltaram.
Ninguém estava analisando as marcas de balas nos aviões que não voltaram.
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🎯Este caso ilustra o Viés de Sobrevivência (Survival Bias), bastante comum quando analisamos dados para testar uma hipótese: se usarmos a única fonte informação disponível COMO SENDO SUFICIENTE, vamos ignorar grande parte das CAUSAS destes problemas. Frequentemente, a resposta mais importante está na informação que está faltando. Ao analisar uma base de dados, é preciso observar tanto o que está visível quanto o que não está sendo respondido à primeira vista. O que os dados não respondem é tão importante quanto o que eles respondem. Como a quantidade de informação faltante é sempre infinitamente maior do que a informação disponível, é preciso fazer as perguntas certas.
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Levando esta linha de raciocínio para o gerenciamento da escoliose:
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🎯Quando vemos/observamos uma pessoa com escoliose o que mais chama a atenção? Comparando a um modelo de "normalidade" pode-se captar que alterações corporais, relacionadas à "postura" (que deve ser utilizada com muita cautela 🧐no campo da escoliose idiopática!) são perceptíveis.
O tronco desalinhado e inclinado para um dos lados, os ombros desnivelados (um mais alto e também um mais à frente que o outro) as escápulas em posições diferentes, o quadril, a cintura, assimetria facial, entre outros. Aqui caberia uma outra postagem somente para citar todas as possibilidades de alterações produzidas.
Ao exame um profissional perceberá diferenças nítidas de tensão entre os diversos grupos musculares que acredite seria suficiente para compor mais uma outra postagem.
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🎯Está achando complexo?
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🎯Mas e o que não se vê? E a História Natural da Escoliose Idiopática (que é fundamental entender que não ter relação com a história de vida da pessoa com a escoliose, mas o modo como ela se desenvolve!)? E o que até agora não se sabe, como por exemplo o que origina a escoliose?
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🎯Todos os profissionais que se dedicam com seriedade ao tratamento da escoliose devem estar atentos e conscientes que o que PARECE NEM SEMPRE É. E as "marcas de tiros" que não podemos ver?
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🎯É imperioso fazer as perguntas certas! E quais são as perguntas certas?
"São as que restringem as suposições e aumentam as certezas".
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🎯E no caso da escoliose quais são as perguntas certas? Aonde e como estão as melhores evidências?
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🎯Como se pode concluir claramente o profissional que lida com escoliose tem que se especializar, a natureza desta complexa condição (ainda mais na fase de crescimento!) o exige!
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🎯O Instituto de Escoliose Patrícia Italo Mentges já nasceu da experiência de mais de 20 anos de sua fundadora no gerenciamento da escoliose além de, desde 2011 utilizar o tratamento da escoliose baseado em evidências com a Abordagem SEAS e o Método Schroth. A equipe além de devidamente preparada, já que as profissionais da equipe têm formação oficial completa nestas duas escolas, tem muita experiência e além disso se aprimora constantemente para oferecer o melhor aos que chegam ao Instituto.
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21 99716-1335.
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