A importância dos exercícios de fortalecimento do Core na dor lombar.
Os conceitos de Core Training ganharam popularidade na reabilitação da dor lombar.
Porém essa popularidade é maior nos Estados Unidos e Europa. No Brasil ainda é visto como componente do Fitness. Algumas academias de ginástica oferecem aulas de Core Training.
Na Educação Física a visão é preventiva, na Fisioterapia é curativa e preventiva, ou seja, na presença dor a atuação é de competência da reabilitação ou Fisioterapia.
Na Fisioterapia o Core ainda está no seu estágio inicial. Há 2 anos utilizo seus princípios com muito sucesso, após a formação de especialista em Exercícios Terapêuticos no NASM-National Academy of Sports Medicine- Califórnia, USA.
Ele é extremamente eficaz na resolução das dores lombares (lombalgias) recorrentes, principalmente naquelas pessoas que já apresentaram várias crises e que sentem a área lombar vulnerável.
A aplicação do Core Training na Fisioterapia é inédita.
A reabilitação tradicional das lombalgias é baseada em modelo de estabilidade estática e composto por várias modalidades, das eletrotermoterápicas - TENS, Ultra-Som, Laser, entre outros - manuais, alongamentos e exercícios de alongamento.
Entretanto o Core training aplicado à Fisioterapia, baseado em teorias mais recentes, inclui novos conceitos de estabilidade vertebral dinâmica, coordenação e contole neuromuscular. É muito mais do que apenas fortalecimento.
Evidências sugerem que um programa de Core Training aplicado à Fisioterapia propicia a redução dos níveis de dor, de incapacidade funcional (impedimentos dos movimentos e ações do dia-a-dia) e dos episódios recorrentes de dor aguda na região lombar.
A soma dos conceitos tradicional e contemporâneo, se mostra muito eficaz. Se a pessoa está com dor a 1ª atitude é gerenciá-la. Logo depois é fundamental a introdução ao Core Training.
Porque? Basta um episódio de dor para comprometer a estabilidade da área lombar e pélvica.
A palavra estabilidade é frequentemente utilizada para
descrever a
efetiva transferencia de carga e requer o funcionamento ideal de
três sistemas: o passivo (ossos e articulações), o ativo (músculos) e o
de
controle (sistema nervoso). Coletivamente esses sistemas produzem
aproximação
das superfícies articulares. A quantidade de aproximação requerida é
variável
e difícil de estabelecer já que depende da estrutura individual e das
forças
que precisam ser controladas. Daí a importância da execução correta
dos
movimentos.
A melhor estabilidade é adquirida quando há equilíbrio entre a
execução e o esforço imposto que acarretará em economia de energia e
diminuição do desgaste articular. A estabilidade quando
comprometida, leva a aumento de translação articular resultando em
nova
posição das estruturas e compressão das mesmas, compromentendo a
qualidade do movimento, além disso, leva a padrões previsíveis de
lesão.
O treinamento específico do Core que tem o músculo transverso abdominal como peça chave aumenta muito as chances de sucesso no manejo da dor lombar, um dos maiores desafios da atualidade na área da saúde.
Além disso é também importante no tratamento e prevenção de espondilolistese lombar, instabilidade das articulações sacro-ilíacas, pubalgia (dor no púbis) e dores pélvica de origem mecânica.
Devido a complexidade que representa tanto a dor lombar, já que há pelo menos 40 causas conhecidas de origem mecânica, como o corpo humano, temos que utilizar esses princípios com muito bom senso, adaptando-os às necessidades e características particulares de cada caso.
Não podemos começar o treino de Core por afamados exercícios que estão na mídia, como a prancha de frente por exemplo sob o grave risco de agravar a lesão e a dor (esse equivico é muito frequente). Só devemos incluí-lo após termos certeza da capacidade de ativação isolada do transverso abdominal e uma progressão segura que permita sua execução correta.
Treine seu Core e dê adeus as dores lombares!
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